sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Vírgula

A VÍRGULA COM "E / OU / NEM"
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Anotações Gramaticais

Não use vírgula antes de [e, ou, nem], a não ser nas seguintes exceções:
1ª. Quando o [e] e o [nem] estiverem repetidos na frase (enumeração):
 Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
 Os Ônibus, e os carros, e os caminhões deveriam poluir menos.
 Ela não era bela, nem elegante, nem culta.
  Ninguém foi com ele, nem o pai, nem a mãe, nem o filho.
=> Em figura de linguagem a sucessão do [e] chama-se polissíndeto.
2ª. Quando orações ligadas pela conjunção [e] tiverem os sujeitos diferentes, e se pode subentender uma pausa na leitura. Este uso se justifica no intuito de prevenir o leitor que a partir dela começa uma nova afirmação com diferente sujeito:
  O menino não se mexeu, e Paulo desejou matá-lo.
  À noite não acabava, e às vezes a miséria se reproduzia.
  O tempo estava ruim, e o piloto desistiu do voo.
 Ele irá de avião, e sua mulher de ônibus.
3ª. Quando se deseja como recurso estilístico, realçar, dar ênfase, a uma afirmação ou oração iniciada pela conjunção [e] [ou] e [nem], ocasião em que a pausa é mais forte: Deitara-se cedo, e sonhou.
  Em todo caso repugnava-lhe a ideia de recuar, e foi andando.
  É melhor sairmos logo, ou não?
  Afinal, o chefe é ele, ou são vocês?
  Não mudo de opinião, nem que me matem!
Havendo ênfase maior, costuma-se também usar o travessão, como se pode ver nestes exemplos:
   A teimosia recusava os conselhos – e estava ali.
 Resisti, ele teimou – e o resultado foi em desastre.
4ª. Para separar as orações coordenativas sindéticas alternativas:
  Façam mais gols, ou perderemos o jogo.
  Diga agora, ou cale-se para sempre.
  Procure chegar cedo, ou não conseguirá a vaga.
  Vou ter a maior surpresa, ou estou enganada? ®Sérgio.
Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 11/09/2010
Reeditado em 05/04/2011
Código do texto: T2492106

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